O engenheiro José Roberto Muratori, diretor executivo da Aureside, afirma que não é comum no Brasil às pessoas montarem seus próprios sistemas de automação “Esse comportamento é mais comum nos Estados Unidos, que têm uma cultura do faça você mesmo”. Aqui a exceção é formada por jovens como Thiago Paladini – confeiteiro acostumado a lidar com a tecnologia do cotidiano.
O primeiro item de automação adquirido pelo Paladini foi a fechadura eletrônica, em dezembro de 2016 US$ 260 em um site americano. Após solicitar uma instalação profissional, ele mesmo configurou o equipamento no HomeKit - plataforma da Apple com diversos produtos “inteligentes”. “É muito simples. A fechadura vem com um código de barras. A câmera do celular lê esse código e pronto, já estão conectados.”
Além de poder fechar e abrir a porta remotamente, o aplicativo envia uma notificação para Paladini toda vez que alguém entra na casa. Também o ajuda em situações corriqueiras, como permitir a entrada da diarista em horários nos quais ninguém está.
Muratori aponta para a tendência de construtoras que já oferecem a automação em seus projetos, como por exemplo:
Há cinco anos a construtora Portes vem apostando na automação residencial. Os novos empreendimentos são entregues com persianas elétricas, portas biométricas, sistema de iluminação e ar condicionamento integrados num painel de controle, que também pode ser manipulado pelo celular.
Em 2018, a empresa entregará dois edifícios de alto padrão no Tatuapé, na zona leste. “O bairro é um exemplo de público emergente, jovem e que demanda esse tipo de serviço”, diz João Cláudio Fernandes, gerente comercial da construtora. Bem aceita pelos jovens, a automação ainda sofre resistência dos compradores mais velhos, conta. “No primeiro momento, tende a afastá-los. Temos de ter o cuidado de mostrar como a tecnologia facilita o cotidiano.”
A mesma estratégia é adotada pela Avanço Realizações, no Rio de Janeiro. Os lançamentos da empresa oferecem um kit automação que integra, de acorda com o gosto do comprador, até 12 equipamentos. Junto com as chaves, o morador recebe o controle do painel e o acesso remoto, via smartphone.
Muratori lembra, ainda, que a casa pode ser programada para responder de maneira diferente com quem entra “O acesso é através do reconhecimento facial, distingue o dono de um funcionário e limita o acesso a determinadas áreas.”
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